terça-feira, 20 de maio de 2008

Infografia sobre hipertensão arterial


Estudo epidemiológio da HIPERTENSÃO ARTERIAL no Brasil



Estudos epidemiológicos sobre a hipertensão arterial são fundamentais para conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento e as condições que influenciam a dinâmica de risco e controle na comunidade. É estudos de prevalência de hipertensão no Brasil, de base populacional, em adultos, a partir de 1990.Foram incluídos todos os estudos publicados nas bases Medline e LILACS.



Nos estudos realizados , as taxas de prevalência mostram que cerca de 20% dos adultos apresentam hipertensão, sem distinção por sexo, mas também com evidente tendência de aumento com a idade. Os estudos ainda estão restritos às Regiões Sul e Sudeste. É marcante a preocupação com a metodologia e precisão da estimativa da prevalência. Ainda são escassos, entretanto, estudos sobre conhecimento, tratamento e controle da hipertensão.

Esses estudos de prevalência são importantes fontes de conhecimento da freqüência de agravos na população: servem, também, para a verificação de mudanças ocorridas após as intervenções.

Nos últimos anos, observa-se o aumento do número de estudos transversais para estimar a prevalência da hipertensão arterial. Observa-se, entretanto, grande variabilidade na informação obtida, em função de vários fatores, entre os quais: a) desenhos de amostra diversos; b) distintos grupos populacionais (sexo, idade, renda, escolaridade, etc); c) abrangência geográfica do estudo (nacional, regional, urbano, rural); d) critérios de diagnóstico e rigor na mensuração da pressão arterial (PA); e) fonte e tipo de dados coletados; e f) análise dos dados. Essa variabilidade da informação, geralmente, inviabiliza a comparação dos estudos e sua utilização como ferramenta de decisão para a Saúde Pública. Estudos epidemiológicos de base populacional são fundamentais para se conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento por hipertensão no País e os fatores e condições que influenciam a dinâmica desses padrões de risco na comunidade.

FICHAMENTO

Título:
Hipertensão arterial sistêmica: atualidades sobre sua epidemiologia, diagnóstico e tratamento / Systemic hypertension: latest information on its epidemiology, diagnosis and treatment

Autores:
Corrêa, Thiago Domingos; Namura, José Jorge; Silva, Camila Atallah Pontes da; Castro, Melina Gouveia; Meneghini, Adriano; Ferreira, Celso.

Referências Bibliograficas:
Biblioteca virtual de saúde - BVS

Resumo:
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica com alta prevalência na população brasileira e mundial, com elevado custo econômico-social, principalmente em decorrência das suas complicações. Estima-se que exista cerca de 1 bilhão de indivíduos hipertensos no mundo, sendo a hipertensão arterial responsável por aproximadamente 7,1 milhões de óbitos por ano. Dando ênfase ao seu controle e tratamento precoces, a classificação da hipertensão arterial foi recentemente modificada pelo Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. A adoção de hábitos de vida saudáveis por todas as pessoas é essencial para a prevenção da hipertensão arterial, sendo indispensável como parte do tratamento para indivíduos hipertensos. A droga de escolha para a maioria dos pacientes portadores de hipertensão arterial primária é um diurético tiazídico. Foi realizado levantamento bibliográfico em bases de dados eletrônicos sobre o tema estudado em março de 2005. Das publicações encontradas, foram utilizadas as que apresentavam os maiores níveis de evidência. Devido a notável prevalência da hipertensão arterial em nosso meio e da necessidade de uma abordagem correta desses pacientes pelos profissionais de saúde, tivemos como objetivo sistematizar o conhecimento atual sobre aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos da hipertensão arterial.(AU)

Conclusão do autor: O autor conclui que a hipertensão arterial é uma doença que vem acometendo grande parte da população e que deve ser tratada precocimente bons hábitos de saúde e um acompanhamento constante e adequado do profissional de saúde para uma abordagem correta dos pacientes.

Comentários do leitor:
O artigo é interessante porque nos alerta para uma doença silenciosa e que vem aumentando a cada dia sua prevalência na população brasileira e mundial e com altas taxas de mortalidade também. Que todos devemos ter uma vida regada por hábitos saudável,como fazer exercícios e
os hipertensos devem manter sempre o controle da doença tratando da melhor forma possível.Cabendo ainda ao profissional de saúde sempre se informar sobre o assunto para atuar quando necessário com algum hipertenso.

O artigo é uma complementação do que já foi abordado sobre hipertensão e regulação da PA no blog,pois ressalta ainda mais a importância do controle e prevenção da doença pela população como uma todo.

INFORMAÇÕES OBTIDAS NA ANVISA

Registrado mais um genérico para hipertensão

A Anvisa concedeu hoje registro para mais um medicamento genérico indicado no tratamento da hipertensão. Trata-se do anti-hipertensivo e diurético cloridrato de amilorida + hidroclorotiazida, que tem como referência o Moduretic (Prodome), e será produzido pelo laboratório Hexal do Brasil.O genérico vai custar 64,9% menos que o de referência. A caixa com 30comprimidos será vendida a R$ 6,05. Já o Moduretic custa R$ 9,31 (preço nos estados onde a alíquota de ICMS é de 17%).
Atualmente, existem sete genéricos diferentes (princípios ativos) para otratamento da doença e dois diuréticos que também auxiliam no controle da hipertensão. A diversidade de genéricos anti-hipertensivos já é suficiente para atender as necessidades de prescrição médica e representam uma opção real de medicamento de qualidade com preços mais acessíveis.
Campanha - Segundo as estimativas do Ministério da Saúde, aproximadamente 12 milhões de brasileiros são portadores de hipertensão. Esse número será conhecido com mais precisão depois da realização da Campanha Nacional de Detecção de Hipertensão Arterial, organizada pelo ministério até 14 dezembro. Na população-alvo da campanha, que procura mobilizar o exame em pessoas a partir de 40 anos, a prevalência da doença é de 43%.
No Brasil, as doenças do aparelho circulatório têm o maior índice demortalidade, com 225 mil mortes por ano (27% do total). Desse total,destaque para a hipertensão arterial - relacionada a aproximadamente 25% dos casos de diálise por insuficiência renal crônica terminal, 80% dos derrames e 60% dos infartos do miocárdio.

Pesquisa no Pubmed

#7
Search (hypertension) AND systematic[sb] Limits: only items with links to free full text, Humans, Randomized Controlled Trial, English, PubMed Central, Newborn: birth-1 month
10:26:59
0
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10:24:02
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Search (hypertension ) AND (randomized controlled trial[Publication Type] OR (randomized[Title/Abstract] AND controlled[Title/Abstract] AND trial[Title/Abstract]))10:23:11
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Search "Hypertension/adverse effects"[Mesh]
PUBMED: history

RESULTADO DE PESQUISA DO PUBMED

IMPACT OF CARDIAC HYPERTROPHY ON ARTERIAL AND CARDIOPULMONARY BAROREFLEX CONTROL OF RENAL SYMPATHETIC NERVE ACTIVITY IN ANAESTHETISED RATS.

Flanagan ET, Buckley MM, Aherne C, Lainis F, Sattar M, Johns EJ.

University College Cork.

This study aimed to quantify the effect of isoprenaline/caffeine induced cardiac hypertrophy on reflex regulation of renal sympathetic nerve activity by the arterial and cardiopulmonary baroreceptors. Male Wistar rats, either untreated or given water containing caffeine and sc isoprenaline every 72h for 2 weeks or thyroxine sc for seven days, were anaesthetized and prepared for measurement of renal sympathetic nerve activity or cardiac indices. Both isoprenaline/caffeine and thyroxine treatment blunted weight gain but increased heart weight, heart weight/body weight ratios, by 40 and 14% (both P<0.01), respectively. In the isoprenaline/caffeine group, max dP/dt and contractility index were higher by 17 and 14% (both P<0.01), respectively, compared to untreated rats. In the isoprenaline/caffeine treated rats, baroreflex gain curve sensitivity was depressed by approximately 30% (P<0.05) while the mid-point blood pressure was lower, by 15% (P<0.05), and the range of the curve was 60% (P<0.05) greater than in the untreated rats. The acute saline volume expansion decreased renal sympathetic nerve activity by 42% (P<0.05) in the untreated rats but had no effect in the isoprenaline/caffeine or the thyroxine treated groups. The isoprenaline/caffeine treatment induced cardiac hypertrophy with raised cardiac performance and an associated depression in the reflex regulation of renal sympathetic nerve activity by both high and low pressure baroreceptors. The thyroxine induced cardiac hypertrophy also blunted the low pressure barorecepotr mediated renal sympatho-inhibition. These findings demonstrate that in cardiac hypertrophy without impaired cardiac function, there is a blunted baroreceptor control of renal sympathetic outflow.

PMID: 18487313 [PubMed - as supplied by publisher]

Mecanismos de regulação da Pa relacionado a Hipertensão!

Os mecanismos de regulação da Pressão Arterial podem ser de 3 tipos: regulação em curto prazo, médio prazo e a longo prazo.
1. A curto prazo ou de rápida resposta e realizam a manutenção da PA normal. são : os baroreceptores e os quimioreceptores.
Os baroreceptores são localizados principalmente nos seios carotídeos. Sempre que a parede carotídea é tensionada, o nervo do seio carotídeo, ramo do glossofaríngeo (IX par), estimula áreas inibitórias no centro vasomotor e este último, o sistema nervoso autônomo, o qual, pelas vias eferentes vagais, reduz a pressão arterial. Os baroreceptores são sensíveis somente às variações da pressão arterial média e se adaptam em um a três dias ao novo sistema de pressão.
Os quimioreceptores estão intimamente associados aos baroreceptores , mas em vez dos receptores do estiramento que iniciam a resposta , as células respondem à falta de O2 , CO2 em excesso e de H+.
Temos ainda outro mecanismo que é a resposta isquêmica do sistema nervoso central. Esses 3 mecanismos citados apresentam respostas em segundos.
2. A médio prazo – são as ações dos hormônios circulantes tais como as catecolaminas, endotelinas, prostaglandinas, óxido nítrico, angiotensina e outros. Nesse caso após alguns minutos o controle da pressão exibe respostas significativas.
3. A longo prazo – diferem daqueles de ação rápida porque é um mecanismo não adaptativo, e provê um efeito regulatório sustentado. O rim é o centro desse sistema de regulação, controlando a volemia pela absorção de sódio e água, e é influenciado pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. São necessárias algumas horas para apresentar qualquer resposta significativa.

Nossa pressão arterial é mantida em níveis normais as custas de sofisticado mecanismo de controle que envolve o Sistema Nervoso, Sistema endócrino, os rins e o coração.Como foi citados nos mecanismos acima.
O cérebro recebe informações de vários sensores de pressão(baroreceptores) localizados na parede de várias artérias do corpo. Caso haja uma variação brusca da pressão, suponhamos que o indivíduo levante-se, pela ação da gravidade o sangue irá se acumular nas partes mais baixas e imediatamente é enviado estímulos para o coração para que ele se contraia mais vezes e que cada contração se faça com maior vigor. Simultaneamente são enviados estímulos para as artérias e veias para que elas se contraiam reduzindo assim o seu diâmetro e consequentemente a pressão volte a subir.
Outro fator importante na regulação da pressão arterial é o volume de sangue dentro do sistema vascular. Quanto mais líquido, no caso o próprio sangue, maior a pressão. O acúmulo de água em nosso corpo é determinado entre outras coisas pela concentração de sódio. O mesmo sódio do sal de cozinha.
O hipertenso não tem um controle da PA, que é uma questão multifatorial mas é uma doença silenciosa. Suas manifestações são conseqüência de complicações.